quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O básico sobre verdades...


Estou de férias. Estava precisando. Pulando de galho em galho há 3 anos sem parar. Parei! Esse negócio de trabalhar é bom mas dá uma canseira na gente. Vou te contar. Ainda estou tentando me aclimatar a ficar com esse ócio durante esses dias. Meio difícil. Mas prometi para mim mesmo que 2009 seria bem diferente. Começando pelo aspecto cultural. Então, haja Nietzsche na mente para aplacar esse déficit literário que 3 anos diretos, sem parar, de escravidão contemporânea me propuseram.

Com isso, a mente começou a fervilhar. E resolvi escrever algumas verdades básicas.

Verdade número 1: A verdade, no sentido da palavra, não existe. Sempre estaremos acobertando fatos. Seja para outros, seja para nós mesmos. Sendo fruto do planeta que somos e de nossos descendentes milenares, sempre estaremos omitindo uma ou outra informação. Por quê? Porque desde que o primeiro caso de estelionato de nosso mundo foi perpetrado (lembra da cobra ludibriando a coitada da Eva a comer o fruto proibido, fazendo com que Adão, Eva & Cia fossem expulsos do paraíso?) nossa inocência foi para outra dimensão. E daí o que acontece desde o Gênesis até os dias de hoje é que nunca estaremos verdadeiramente "nús". Sempre teremos vergonha de nossa "nudez". E sempre teremos aquela folhinha de parreira para acobertar nossas mínimas "indecências".

Verdade número 2: Consequência direta da verdade número 1, o altruísmo verdadeiro não existirá. Podemos até buscar fazer o bem a outrém. No entanto, o que estaremos buscando verdadeiramente é o nosso prazer em ver a outra pessoa feliz com o ato bondoso. Parece meio maluco e nada básico. E é. Se pararmos para pensar direitinho, sempre fazemos tudo pensando em nós mesmos. Até mesmo aquele gesto filantrópico tem somente uma razão de ser: satisfazer a nós mesmos. Os nossos desejos. As nossas vontades. Massagear tão somente o nosso imenso ego. Sem culpas e ressentimentos, por favor.

... continua