domingo, 16 de dezembro de 2007

O Básico sobre Laços

Vi um curta incrível esse final de semana. Coisa de pouco mais de 6 minutos que nos faz pensar bem mais do que 6 minutos. Apesar de não gostar muito de postar material de terceiros (prefiro muito mais produções próprias, mesmo que bem poucas) esse vídeo mereceu estar aqui.

Vídeo premiado (Project Direct). Tá na Veja da semana passada (Seção Gente). Muito bom.



Melhor parte:
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03:25

- Ok. Você ganhou. Eu exijo uma explicação para essas bobagens. O que você tem a dizer?

- É bobagem chorar por laços que parecem desfeitos, mas que continuam firmes. Alguns laços são teimosos. Às vezes a gente pensa, PUF!, lá se foi ele. Mas ele vai estar sempre ali. Que nem alguns amores.
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Sem falar na música:

Australia

I could go to Australia
I could fly to Japan
Could go to South America
Well, everybody can

Could run like hell to China
I could go to Egypt
Could run like a late rabbit and I wouldn't move one bit

I'm stuck here in the darkness
Blinded by all the light
Standing outside my body with my body still in sight

I could travel the whole world
I could just stand up still
And that's, I know, an image that would make some people ill

Someday somebody said to me
I think it was a man
"As long as you're okay with it"
And that I think I am.

Um excelente começo de semana a todos.

sábado, 15 de dezembro de 2007

O básico se torna mais básico quando se está longe...


"Um homem precisa viajar.
Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."

(Amyr Klink)

Certo está esse rapaz aí que escreveu as linhas acima. Viajar é realmente preciso. E muitos acham que a vida que levam é uma viagem, quando na verdade estão parados na estação.

Tenho um gosto por trilhas (de bicicleta) bem latente e, quase sempre, incompreensível. Mas é que, depois de pedalar vários quilômetros, você começa a sentir falta das coisas básicas. Começa a achar que o "Faustão" é o melhor dos programas de TV (algo quase impossível hoje em dia) - e isso simplesmente pelo fato de você estar em casa, relaxando, depois de ter passado algumas horas ou alguns dias fora. E isso sem contar que, nos caminhos de pedal percorridos você consegue ter contato com algo quase que em extinção na cidade: pessoas. Não quaisquer pessoas, mas pessoas que pensam diferente, agem diferente e têm valores completamente diferentes dos nossos (ou você acha que alguém que mora há 5 km da casa mais próxima pensa em como "conquistar o mundo" como nós)

Com isso, nos resumimos à nossa insignificância em dois pontos:
1- Não temos motivo para levarmos a vida na correria em que a levamos;
2- A felicidade, sempre tão sonhada, é muito relativa.

E isso é bom. Nos faz voltar ao chão e nos faz ser pessoas melhores, mais empáticas. Acaba com a "arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos".

Viajar é preciso. E muito. Mas o mais importante é a volta.
É quando, depois de pouco ou muito tempo, começamos a sentir saudade daquilo que é básico em nossas vidas. É quando começamos a sentir saudades das nossas raízes e valores.
Uma boa viagem àqueles de bom senso. Um bom retorno. E um bom final de semana a todos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

O básico da amizade - Versão 2.0


Já tinha escrito aqui sobre amizade. Mas nunca é demais. Não com os amigos que eu tenho. Incorrigíveis e, muitas vezes, imutáveis. Saber que podemos contar, hoje em dia, com pessoas que convivem com você há mais de dez anos, da mesma forma como contávamos com elas quando tínhamos espinhas na cara chega a ser confortante e, por que não, cômodo.

Cômodo pelo simples fato de sabermos que podemos colocar essas amizades na lista Top 5 das coisas boas da vida. Ter amigos (verdadeiros irmãos, essa é a verdade) nos trás a segurança de que "temos aonde cair", temos em quem nos escorar quando o mundo todo se joga contra nós. Temos com quem, numa terça-feira chuvosa e preguiçosa, numa cidade erma e tomada do marasmo, poder compartilhar um churrasquinho e aquela já famosa coca-cola (que, entre os mais conscientes, era light e agora acabou virando zero).

E tudo isso pelo simples fato da cumplicidade. Essa cumplicidade que tanto falam e recriminam nos noticiários, quando entre irmãos, parece nos confortar de todos os males sentidos, todas as agruras vividas e todos os descaminhos que o mundo pode proporcionar.

Que Deus, em seu infinito saber, cuide de todos os meus irmãos da mesma forma como cuidou de mim todos esses anos. E que tenhamos sempre em mente que, já dizia o filósofo, estamos todos fadados ao sucesso*. Ontem, hoje e sempre.


Um abraço a todos.

* Uma homenagem ao mais novo economista do grupo: André Pontes Lopes (valeu, Peqs! Esse canudo foi suado e, definitivamente, MUITO merecido!)

domingo, 9 de dezembro de 2007

Sinto falta do básico...


Estou de saco cheio já faz um tempo. O básico na minha vida foi para o espaço. Nada mais é básico em nada. E hoje, mais precisamente um domingão sonolento e tedioso, sinto muita falta do básico.

Básico é ir dormir com um par de pés trançados nos seus.
É, no meio da noite, descobrir que você está morrendo de frio porque roubaram os lençóis (e você, ao invés de ficar bravo, abraçar quem está do lado p/ passar o frio).
É acordar e ver que quem você escolheu para estar com você o resto da vida simplesmente ESTAR ali do seu lado (parece básico e óbvio, mas, como disse no início, o básico pode estar em qualquer lugar, menos no meu lado).
Básico é passear na praça, no clube ou na locadora de mãos dadas. E se puder colocar mais um par de pequenas mãozinhas de 1 ano e 4 meses no meio, melhor ainda.
Básico é poder transbordar todo o amor que tem dentro de você, sem preocupações com horários de vôos ou tic-tac`s de relógios que teimam em acabar com o seu final de semana.

"O ruim de morar só é que sempre é a sua vez de lavar a louça".
E sempre acaba sendo sua vez de tudo...

Quando disseram que não ia ser fácil, também não disseram que ia ser tão difícil assim...
Mas uma hora isso melhora...

Uma boa semana a todos.